Depois das latinhas, chegou a vez de reciclar as tampinhas de bebidas servidas nas praia do Rio. Para tentar retirar do meio ambiente as milhares de peças de metal que ninguém cata, a partir do dia 26 de janeiro a organização não governamental (ONG) Onda Carioca vai instalar 30 postos de coleta de tampas de garrafa de vidro em pontos das orlas de Copacabana, Ipanema e Leblon. Tudo o que for recolhido será encaminhado diariamente para a sede da ONG, na comunidade do Terreirão, no Recreio, onde o que era lixo vai virar artesanato, ou melhor, Ecotampas.
O produto final voltará, então, para os quiosques coletores, onde o material transformado será vendido. Conforme antecipou a coluna "Gente Boa", do jornal O Globo, são broches, ímãs de geladeira e quadros com 20 imagens que homenageiam o Rio de Janeiro, que serão vendidos a R$ 4 a unidade. O projeto de sustentabilidade, apoiado pela Orla Rio, concessionária que administra os quiosques do Leme à Prainha e os postos de salvamento do Flamengo ao Pontal, tem o objetivo retirar das ruas um resíduo ambiental que atualmente é desprezado por catadores e cooperativas. Como vale não a pena economicamente juntar tampinhas de metal, os catadores não pegam. E nenhuma das empresas produtoras de bebidas se preocupa em criar programas de reciclagem destas tampas. As de plástico, são recicladas com as garrafas pet, mas as de metal acabam no meio ambiente, explica o advogado Julio Cesar Gomes Ribeiro da Costa, fundador e presidente da ONG Onda Carioca.
Coordenado pelo artista plástico Alfredo Borret, o projeto das ecotampas quer fazer o carioca aderir à onda da reciclagem de tampinhas. Para isso, a ONG preparou uma estratégia que inclui a instalação dos pontos de coleta, oficinas de criação de ecotampas na praia e uma corrida de tampinhas. Todo o agito vai acontecer no dia 26h, às 16h, no Coqueirão, em Ipanema. Neste dia, vamos criar uma grande pista de tampinhas de garrafas na areia, em Ipanema, da qual qualquer um vai poder participar, conta Júlio César. A ONG também vai oferecer curso gratuitos de artesanato com tampinhas para moradores da comunidade do Terreirão. A ideia é formar mão de obra para produzir as peças delicadas. Desde que iniciou o trabalho de reaproveitamento das tampinhas de garrafa, em 2011, a quantidade de tampinhas recicladas vem crescendo. No primeiro ano, 1 mil tampinhas foram transformadas em artesanato. No ano passado, esse número saltou para 10 mil unidades. Em 2013, a meta é reciclar 50 mil.
Em 2012, fornecemos 4 mil broches oficiais da conferência Rio+20 e 4 mil das Olimpíadas Rio 2016, presenteados pela Prefeitura do Rio durante o evento na cidade e nas Olimpíadas de Londres. Com o apoio da Orla Rio, diz Julio César, explicando que o projeto, ainda um teste, vai ser finalizado em abril. O próximo passo é instalar coletores de tampinhas em todos os quiosques da orla. (Fonte: Portal O Globo)
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