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Bauru joga no lixo R$ 1,5 milhão por mês

15/12/2011

Um milhão e meio de reais. Esse é o valor que Bauru joga no lixo mensalmente ao mandar direto para o aterro sanitário 5.500 toneladas de materiais que poderiam ser reciclados, ganhar vida nova e, é claro, gerar renda.
Segundo estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cada bauruense produz, em média, 2,216 quilos de lixo por dia, número que aumenta consideravelmente em dezembro, devido ao período de festas. Deste total, 0,539 quilos correspondem a materiais recicláveis.
Sendo assim, pode-se afirmar que, no mês, os 343.937 habitantes de Bauru produzem, juntos, aproximadamente 5.500 toneladas de lixo reciclável. Contudo, segundo informações da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Semma), a coleta seletiva recolhe apenas 190 toneladas deste total, ou seja, 3,41% do montante.
Para calcular a perda que isto significa, basta analisar os números fornecidos pela Cooperativa dos Trabalhadores de Materiais Recicláveis de Bauru (Cootramat): em novembro, por exemplo, foram comercializadas 63 toneladas de lixo reciclável, o que gerou uma renda de R$ 18 mil.
Portanto, se Bauru conseguisse dar vida nova às 5.500 toneladas de lixo reciclável que produz mensalmente, poderia deixar de mandar para o lixo cerca de R$ 1,5 milhão.
Vale ressaltar que, além da quantidade arrecadada pela coleta seletiva, que é destinada à Cootramat, Bauru coleta, por meio dos 471 catadores de materiais recicláveis uma outra parcela de lixo reciclável, que é vendido aos ferros-velhos. Contudo, mesmo sem ter cálculos que quantos quilos este trabalho consegue atingir, é possível afirmar que é uma quantidade bem menor que a arrecadada pela coleta seletiva.
Os números certamente farão mais sentido se o leitor fizer um pequeno exercício de observação: note que, nas lojas e supermercados, todos os produtos vêm com pomposas embalagens, especialmente nesta época do ano, que cumprem com eficácia a tarefa de chamar a atenção do consumidor e garantir a venda.
Das prateleiras para casa. De casa, para as ruas. É assim, quase que instantâneo o processo que faz com que objetos de desejo tornem-se peças descartáveis.
E quando o produto ou sua embalagem não servem mais? O que você, seus parentes, amigos ou vizinhos fazem com o que sobra?
“Muita gente enxerga tudo como lixo. Consumiu o que queria, basta descartar o resto. Mas não é bem assim. Existe o lixo orgânico e o lixo reciclável. Tratar o lixo reciclável como orgânico é jogar dinheiro fora”, explica Valmir Moura, presidente da Cootramat.

Confira na íntegra a matéria publicada no Jornal da Cidade do dia 11/12/2011, através do link: Jornal da Cidade. Parte 1 e Parte 2
 

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