CBC Ambiental

Poluição do ar no Brasil supera em 2 vezes nível considerado aceitável pela ONU

03/11/2011

 O Brasil tem uma média de poluição do ar duas vezes superior ao que estabelece como aceitável a Organização das Nações Unidas (ONU). O poluente avaliado, material particulado – poeira formada principalmente pela queima de combustíveis –, pode causar doenças cardíacas e câncer. Entre 91 países avaliados pela ONU, o Brasil é o 44.º com maior índice médio de poluição.

O Rio de Janeiro registra um grau de poluição superior ao de São Paulo e de Cubatão. Cada metro cúbico de ar da cidade apresenta 64 microgramas de material particulado. O limite ideal, segundo a OMS, é 20 - nos Estados Unidos é 30 e em São Paulo, 50. No ranking das cidades mais poluídas do Brasil, segundo a pesquisa, o Rio ocupa 144.º lugar, Cubatão 204.º, a Região de Campinas 267.º e São Paulo 268.º. Belo Horizonte, com reduzido índice de poluição, é a capital brasileira mais bem colocada (615.º lugar), com 20 microgramas de material particulado por metro cúbico de ar.

A região de Campinas apresenta um índice médio anual de material particulado de 39 microgramas por metro cúbico, quase o dobro do limite aceitável, de 20 microgramas. A Região Metropolitana de São Paulo ocupa a 268.º posição no ranking, com 39 microgramas por metro cúbico. São várias as cidades no interior de São Paulo com índice de material particulado superior ao que determina a ONU. São elas: Araçatuba, Araraquara, Ribeirão Preto, S. J. do Rio Preto, Sorocaba.

No mundo, Nova York ocupa 564.º lugar, com o registro de 21 microgramas por metro cúbico. Tóquio ficou em 504.º (23 microgramas por metro cúbico), Berlim, 434º (26 microgramas por metro cúbico) , Paris, 273.º (com 38 microgramas por metro cúbico), e Londres, 366.º (29 microgramas por metro cúbico).

O médico brasileiro Carlos Dora, coordenador do Departamento de Saúde Pública e Meio Ambiente da Organização das Nações Unidas, estima que uma redução da poluição aos níveis aceitáveis diminuiria em 15% o número de mortes anuais por problemas respiratórios no Rio. (fonte: Redação Sociedade Sustentável)