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Dia da Conservação do Solo

15/04/2011

A data de 15 de abril foi escolhida para ser comemorada como o “Dia da Conservação do Solo”.
E por que, afinal devemos que comemorar essa data?
O que há de fundamental nessa comemoração é a oportunidade para despertarmos a consciência de todos sobre a importância de tratar bem o solo em que vivemos, pois a terra maltratada perde sua força, seus nutrientes e pode se transformar em matéria estéril.
Assim como os outros elementos – ar, fogo e água – a terra tem enorme importância na vida de todos os seres vivos. É do solo que obtemos grande parte dos nossos alimentos e é sobre ele que construímos as nossas cidades. Além disso, os rios só conseguem manter seus volumes e seguir seus cursos naturais graças à ação da terra que funciona como um divisor natural da geografia.
É no solo que a grama, as árvores e as plantas se fixam, tornando possível a esplendorosa flora e sua bem vinda fauna habitante, em cada versão de bioma espalhado por todo o planeta Terra.
Formado a partir das rochas, o solo surge da transformação dessas pedras que sofrem a ação contínua da temperatura, das chuvas, dos ventos e da neve. Com o passar do tempo, vão diminuindo de tamanho até virar esse elemento macio que se molda em toda forma geográfica do chão em que pisamos. Nessa somatória de elementos, os animais e os vegetais também têm sua parcela de ação ajudando a formar o solo com a mistura de seus próprios restos orgânicos.
Com essa enorme química vital, a terra é formada e passa a ser imediatamente utilizada por todas as formas de vida que dela dependem para se desenvolver, se alimentar e até mesmo se decompor.
Na composição do solo entram quatro partes que se mantêm totalmente misturadas entre si: a água, o ar, matéria orgânica proveniente dos restos de animais e plantas e a porção mineral, resultante da alteração de rochas e pedras.
Se pudermos olhar através do microscópio, veremos que o solo é composto de pequenos furinhos. Esses são os chamados poros do solo onde ficam armazenadas a água e o ar que as raízes das plantas e os outros organismos habitantes da terra necessitam para beber e respirar. Por isso, é comum compararmos o solo a uma esponja composta de água e ar.
A atividade de conservacionismo do solo é aquela que leva em conta a necessidade de proteger a terra para manter a sua rica composição e, portanto, as suas qualidades intrínsecas.
Quando utilizamos a terra sem os devidos cuidados ocasionamos a degradação do solo, caso em que são modificadas as suas características químicas, físicas e biológicas.
E como se dá a má utilização do solo?
O desgaste da terra pode ser provocado por esgotamento da sua capacidade de utilização, pela formação de erosões, pela salinização, pela compactação e pela desertificação.
Todas essas formas de destruição do solo são causadas, em grande parte, pela ação do homem que muitas vezes se esquece que a terra é um elemento vivo, em constante desenvolvimento e modificação.
Na área agrícola, por exemplo, o plantio das diversas culturas possíveis deve respeitar as características típicas de cada região do país. Em cada cultura agrícola há um conjunto de características necessárias e o solo deve ser compatível com a exigência de cada tipo de plantio.
A inadequação da agricultura ao solo e as rotinas de plantio que muitas vezes não respeitam a chamada “rotação de terra”, são fatores que agridem muito os elementos componentes do solo, não possibilitando a sua natural restauração.
Por falta de respeito ao meio ambiente ou mesmo por falta de conhecimento, muitos agricultores, pecuaristas, madeireiros e extrativistas exercem práticas abusivas do solo, promovendo a degradação intensa dos recursos naturais da terra, o que resulta em “mortandade” do solo.
Assim como a água e as florestas, o solo é um recurso finito da natureza. Por isso, tem que ser preservado em todas as suas circunstâncias e abrangências, pois após a sua degradação, a recuperação pode ser de “custo inviável”.
Quando a vegetação é derrubada e os restos de madeira são queimados, os terrenos começam a sofrer a ação direta da água que vem da chuva. Esses fatores causam a erosão hídrica e o carregamento dos nutrientes do solo que termina o ciclo empobrecido, degradado e improdutivo.
Um dos principais agentes da degradação dos solos brasileiros é a ação da água da chuva que remove e transporta as terras dos terrenos com suas enxurradas, muitas vezes depositando esse material em redes urbanas de canalização, o que impede o curso natural das águas e ocasiona as temidas inundações.
Outro grave problema é a contaminação da terra, uma consequência da ação humana derivada do uso indiscriminado de substâncias poluentes que, de alguma forma, se infiltram no solo.
Diante de tudo isso, o conservadorismo é a única saída. Ao usar os elementos da natureza, o ser humano deve ter consciência, conhecimento, responsabilidade e principalmente, usar técnicas de gestão. Só assim, a sustentabilidade do solo será garantida, suprindo as necessidades das gerações futuras que também dependerão da produção agrícola e, portanto, da riqueza natural da terra.
A conservação do solo depende de três tipos de ações: a manutenção da terra, conservando-se no uso suas características e corrigindo também suas deficiências; a preservação, reservando-se áreas que não devem sofrer intervenções humanas e a recuperação, quando é necessária a ação imediata para restaurar processos naturais do solo ou eliminar fatores que determinam a sua degradação.
 

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