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Casas construídas com plástico reciclado

10/02/2010

Garrafas PET agora também são usadas no segmento de materiais de construção, o tal polietileno tereftalato. Em Manaus, o engenheiro eletrônico Luiz Antônio Pereira Formariz começou a investir na resina, para fazer telhas, fundando assim a empresa Telhas Leve. O custo do metro quadrado do produto é de R$ 39,00, duas vezes mais alto que o da telha convencional de barro, que gira em torno de R$ 19,00. Mas, de acordo com Formariz, devido à sua leveza, o gasto com a estrutura do telhado custa R$ 15,00, um quarto do preço da tradicional, que é de R$ 70,00 em média.
Além da importância que o produto traz ao meio ambiente, as telhas de PET têm uma durabilidade até cinco vezes maior que a telha comum e podem ainda ser encontradas em diferentes cores, como azul, amarela, vermelha e a marrom-cerâmica que reproduz fielmente o tom das peças de barro, destaca Formariz.
“Hoje em dia, o plástico tornou-se uma grave ameaça ao meio ambiente devido à popularização do consumo de refrigerantes embalados em garrafas de PET, pois, após o consumo do conteúdo dessas garrafas, elas se transformam em lixo, causando poluições que afetam drasticamente o meio ambiente. Com a reciclagem do PET, existe a possibilidade de controlar esse problema, pois o material poderá ser transformado em outros produtos de grande utilidade e necessidades básicas para as pessoas”, explica o engenheiro.
A coleta das garrafas PET é feita por cooperativas e associações de catadores de lixo. A reciclagem do material, segundo o engenheiro, além de poder contribuir para uma possível fonte de renda para famílias pobres ou desempregadas, reduz os custos de fabricação dos produtos. Por ser um material que depende apenas de coleta, reciclagem, e dos devidos tratamentos de preparação, o plástico implica num preço um pouco menor do que se fosse comprado novo.
O plástico reciclado também vem substituindo os compensados de madeira tradicionalmente utilizados na construção de edifícios como suporte para a confecção da laje plana (”tipo cogumelo”, feita de concreto e que não necessita de vigas).
A idéia é da Premag, do Ceará, que fabrica o chamado “plasterit” a partir de garrafas PET recolhidas por cerca de mil catadores da região. Segundo o engenheiro Luiz Edmundo Pereira, sócio-diretor da empresa, o emprego do plasterit na estrutura dos prédios pode trazer uma economia de cerca de 15% no valor da estrutura do prédio, pois o compensado do material pode ser reutilizado várias vezes.
“Essa concepção estrutural, aliada ao uso das formas plásticas com material reciclado e de peças metálicas, reduz o gasto de madeira a praticamente zero, numa edificação. Além disso, o uso da plasterit na construção civil evita o desmatamento e ainda a queima de madeira, já que os compensados tradicionais têm pouca durabilidade e são, posteriormente, queimados”, afirma Pereira.
A Premag, que foi contemplada com o prêmio Top Imobiliário 2009 da Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi-Niterói), na categoria Sustentabilidade ambiental, já ergueu seis edificações com essa tecnologia no estado, tendo mais cinco em construção: duas em Niterói, duas em Rio das Ostras e uma em Macaé. Entre elas, a do Hospital Icaraí, na Marquês do Paraná e o prédio residencial La Brisa, na Praia de Piratininga. (Fonte: Yahoo Notícias)

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