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Tecnologia permite reciclagem de materiais “difíceis”

29/06/2010

Embalagens de salgadinhos, bandejas de isopor e embalagens longa-vida, as quais estão cada vez mais presentes no nosso dia a dia, são resíduos considerados difíceis de reciclar, pois têm menor valor comercial quando comparado à outros materiais, como latas de alumínio, papelão e garrafas PET. Entretanto, esta visão começa a mudar, já existem no Brasil novas tecnologias para transformar o que era lixo em novas matérias-primas.
Um exemplo são as embalagens feitas com o plástico tipo Bopp (sigla para película de polipropileno biorientado). Este material, presente em embalagens de alimentos como salgadinhos, biscoitos, café e sopas instantâneas, praticamente não é recolhido por cooperativas de catadores. A empresa americana TerraCycle, que no início do ano iniciou atividades no Brasil, especializou-se em fazer com que o material volte ao processo industrial.
“O Bopp é um plástico e por isso pode ser reciclado. Nosso trabalho é desenvolver produtos que possam ser fabricados com o material”, diz Guilherme Brammer, presidente da TerraCycle. Alguns produtos podem ser feitos com as embalagens de salgadinhos, entre eles: mochilas, embalagens de cosméticos e até autopeças, como pára-choques.
A reciclagem do Bopp está ajudando a resolver um problema da PepsiCo, fabricante dos salgadinhos Elma Chips. A empresa acabou de colocar no mercado os primeiros displays, espécie de prateleira que expõe os produtos nos pontos de venda, feitos 100% com embalagens de salgadinhos recicladas. “O que era descartado virou matéria-prima de novo, fechando o ciclo”, diz Olivier Weber, presidente de alimentos da PepsiCo.
Até o fim do ano, a meta é retirar 13,5 milhões de embalagens do meio ambiente, em todo o Brasil, cada display consome 675 embalagens em sua fabricação. A empresa quer exportar a tecnologia brasileira para o resto do mundo.
As embalagens longa-vida produzidas pela empresa sueca Tetra Pak também já estiveram na mira de ambientalistas. As caixinhas eram consideradas difíceis de reciclar, por serem formadas por um amontoado de camadas: seis no total, sendo quatro de plástico, uma de papelão e outra de alumínio. “O maior desafio foi desenvolver uma tecnologia que permitisse a separação de todas as camadas. Hoje, isso é possível”, diz Fernando Von Zuben, diretor de meio ambiente da Tetra Pak.
Segundo ele, existem várias tecnologias que permitem reciclar o material. Uma delas, realizada em uma usina de Piracicaba (SP), separa todas as camadas e os materiais retornam aos respectivos processos industriais. Outra, semelhante à um grande liquidificador, separa o papelão, mas o alumínio e o plástico permanecem unidos, o que forma um aglomerado ideal para fazer produtos como telhas, compensados, móveis, lixeiras, canetas e objetos de decoração.
O desenvolvimento dessas tecnologias já permite que 25% das embalagens Tetra Pak consumidas no Brasil sejam recicladas. Mas ainda é pouco. Telhas e compensados feitos com o material tiveram grande aceitação na construção civil, e hoje falta material. “Existem mais de 30 indústrias que usam essas embalagens recicladas como matéria-prima. É preciso aumentar a coleta seletiva.” (Fonte: Portal do Meio Ambiente)
 

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