Muitos estragos causados por secas e enchentes, como as que atingiram as regiões Sul, Norte e Nordeste do país, poderiam ter sido evitados, ou pelo menos amenizados, se houvesse tido mais investimentos em políticas públicas ambientais. A avaliação é da geógrafa Mônica Veríssimo, presidente da organização não governamental Fundação Sustentabilidade e Desenvolvimento e do Fórum de ONGs Ambientalistas do Distrito Federal. As possibilidades de eventos climáticos cada vez mais extremos, apontadas por cientistas, como os do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), devem ser consideradas nos planejamentos dos governos para evitar prejuízos e mortes por causas das secas ou chuvas, segundo Mônica. A canalização pluvial nas cidades, construções mais resistentes e, principalmente, a manutenção de áreas de preservação permanente (APP), a retirada de casas das margens dos rios e das encostas de morros, são medidas defendidas pela especialista. Segundo Mônica Veríssimo, as mudanças no Código Florestal, defendidas por representantes do agronegócio para flexibilizar a obrigatoriedade de APPs e reduzir a reserva legal, podem agravar os riscos de repetição de tragédias, como a de Santa Catarina,em 2008. Além de medidas governamentais, para evitar grandes desastres por causa do clima, é necessário mudanças de comportamento e de hábitos de consumo. A ambientalista sugere o uso mais racional dos recursos naturais, principalmente a água e o descarte correto do lixo. “É preciso escutar mais o que os cientistas têm a dizer. Os impactos não vão estar somente no futuro dos nossos filhos e netos. Estão num futuro cada vez mais próximo”, ponderou. (Fonte: Portal do Meio Ambiente)
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