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O Papel nosso de cada dia

12/05/2009

Uma das atividades mais impactantes do planeta é o alto consumo de papel, sendo a maior parte produzida através métodos insustentáveis. O consumo mundial de papel cresceu mais de seis vezes desde a metade do século XX, segundo dados do Worldwatch Institute. E nesta escalada de consumo, cresce também o volume de lixo, que é outro grande problema em todos os centros urbanos. O Brasil é o quarto maior produtor de celulose do mundo, sendo que 100% da produção de papel e celulose utiliza matéria-prima proveniente de áreas de reflorestamento, principalmente de eucalipto (85%) e pinus (15%), Porém, já foi diferente, já que muitas florestas nativas foram consumidas para a produção de papel e muitas populações tradicionais e indígenas foram expulsas para dar lugar a exploração de madeira para a indústria de celulose. Para produzir 1 tonelada de papel são necessárias 2 a 3 toneladas de madeira, uma grande quantidade de água e muita energia. Já a produção de papel certificado é um grande avanço na redução do alto impacto que esta atividade produz, pois estabelece princípios e critérios que apelam para proteção e preservação da biodiversidade e para o desenvolvimento das comunidades locais, alem de utilizar pasta de papel isenta de cloro em suas operações de produção. Desta forma, o papel certificado tem vantagens enormes sobre o papel branco, não certificado, mas não sobre o reciclado, pois não necessita de novo plantio ou derrubada de árvores, portanto ele tem vantagens sobre o papel branco de origem certificada, que necessitará de novos plantios, por melhor que sejam as práticas em seu plantio e processamento. Cerca de 50kg de papel reciclado evitam o corte de uma árvore e portanto a necessidade de novas áreas para o plantio, as quais poderiam estar sendo utilizadas para a produção de alimento ou manutenção de floresta nativa e para o seqüestro de carbono atmosférico. No Brasil, apenas 37% do papel produzido vai para a reciclagem. De todo o papel reciclado, 80% é destinado à confecção de embalagens, 18% para papéis sanitários e apenas 2% para impressão. O atual desafio é aumentar a produção e construir um mercado mais competitivo para os reciclados. Para minimizar os danos, consumidores precisam rever seus hábitos e exigir mudanças no modo de produção. Uma pesquisa do Instituto Akatu revelou que 74% dos brasileiros querem comprar produtos que não degradem o meio ambiente. [Atitudes pró ativas:] • Reduza o uso de papel (e de madeira) o máximo possível. • Evite comprar produtos com excesso de embalagem • Ao imprimir ou escrever, utilize os dois lados do papel. • Revise textos na tela do computador e só imprima se for realmente necessário. • Dê preferência a produtos reciclados ou aqueles que trazem o selo de certificação do FSC. • Evite consumir papel cujo branqueamento seja feito com cloro ou hidróxido de cloro (ligue para o SAC das empresas e exija que elas adotem uma produção mais limpa e com controle de efluentes). • Use filtros, guardanapos e toalhas de pano em vez dos de papel. • Recuse folhetos de propaganda que não sejam de seu interesse. • Separe o lixo doméstico e doe os materiais recicláveis para as cooperativas de catadores. • Organize-se junto a outros consumidores para apoiar ações socioambientais e pressionar o governo a fiscalizar empresas, criar leis de proteção ambiental e programas de incentivo à produção limpa. [Portanto, o uso de papel certificado deve substituir o uso do papel branco comum, mas não o reciclado.] • Papel reciclado não vem diretamente da floresta, vem de outro papel que um dia já foi árvore • O objetivo da promoção do uso do papel certificado FSC é o de reduzir e até eliminar os processos destrutivos da produção de celulose predominante. Mas em nenhum momento deve-se abandonar a reciclagem de papel. (Fonte: Portal do Meio Ambiente)

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