Este mês em São Paulo foi lançado um pacto para restaurar 150 mil quilômetros quadrados da mata atlântica, uma área equivalente ao Estado do Ceará. A meta é recuperar 30% da área original do bioma até 2050. Atualmente, floresta bem preservada corresponde a 7% da cobertura original da mata atlântica. A iniciativa pretende restaurar 10% do bioma original que desapareceu. Foi desenhado por um grupo técnico um mapa com as regiões onde pode ocorrer a restauração. Solos com pouco potencial agrícola ou às margens de rios receberam prioridade, pois imagina-se que não será difícil convencer agricultores e pecuaristas a reflorestar tais áreas. Miguel Calmon, coordenador-geral do Pacto pela Restauração da Mata Atlântica, afirma que a iniciativa não apontará infratores do Código Florestal, que desmataram além do permitido. "Não queremos uma caça às bruxas", diz Calmon. "Queremos mostrar que vale a pena para o agricultor recuperar a mata." Explica ainda que o financiamento das iniciativas não virá de filantropia, porém, querem criar mecanismos para que os produtores recebam pelos serviços ambientais prestados pela floresta preservada nas suas propriedades. A mata atlântica garante o abastecimento de água para quase 130 milhões de pessoas no País. "Também vamos buscar interessados em comprar créditos de carbono", afirma Calmon. Mais de 50 entidades aderiram, incluindo organizações não governamentais, empresas, universidades e governos. O site www.pactomataatlantica.org.br recolherá as inscrições. O pedido depende de aprovação. A adesão implica cumprimento das diretrizes apresentadas no protocolo do pacto, disponível no site. (Fonte: Portal Meio Ambiente)
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