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Bioplástico pode ser a nova fonte de riqueza do agronegócio

20/03/2009

Quase tudo o que é de plástico pode ser feito a partir de subprodutos da mandioca, cana-de-açúcar, milho e batata. Os bioplásticos, feitos a partir de mandioca, cana-de-açúcar, milho e batata, podem substituir os plásticos à base de petróleo nos próximos 20 anos. "Da mesma forma que hoje temos usinas de biodiesel, teríamos agroindústrias de bioplástico. É importante destacar que não se trata de uma indústria que irá competir com os alimentos. Por exemplo, a mandioca usada para novos materiais é a brava, que não serve para o consumo. Além disso, haveria aumento de produtividade e ganhos para o agricultor", explica o empresário João Carlos de Godoy Moreira, da Biomater Eco-materiais, empresa incubada no Centro de Desenvolvimento de Indústria Nascentes (Cedin) em São Carlos (SP), que já produz bioplástico. A substituição do plástico sintético por biodegradáveis é lucrativa também para o meio ambiente, pois para cada quilo de plástico produzido com petróleo, há a emissão de dois a quatro quilos de carbono. Ao contrário, na produção de bioplástico, cada quilo do produto seqüestra de quatro a seis quilos de carbono da atmosfera. As vantangens continuam: enquanto o plástico sintético demora de 200 a 400 anos para se degradar, os materiais e embalagens biodegradáveis e compostáveis se decompõem em até 18 semanas. Os biodegradáveis também se transformam em adubo juntamente com o lixo orgânico. Com os biomateriais, é possível confeccionar embalagens e artigos para diversos segmentos da economia, como alimentos, cosméticos, médico-farmacêutico, automobilístico, eletroeletrônicos, agricultura, têxtil. Segundo João Carlos, esse é um mercado que deve ser considerado por agricultores e indústrias. Trata-se de uma indústria que ainda está na fase da infância. Há 300 empresas no mundo, e a produção chega a 500 mil toneladas ao ano. "É um mercado ainda pequeno, quando comparado com as 200 milhões de toneladas ao ano de plástico sintético produzidos no mundo por ano", destaca. Só o Brasil produz 8 milhões de toneladas de plástico derivados do petróleo no ano. No Brasil há cinco empresas que já produzem biodegradáveis, e está em processo de formação a Associação Brasileira da Indústria de Polímeros Biodegradáveis Compostáveis (Abicom). A associação tem o objetivo de trabalhar em políticas públicas para que sejam criadas legislação, políticas governamentais para apoio à pesquisa e o desenvolvimento desse mercado. (Fonte: Agência SEBRAE de Notícias. Fotos: BASF )

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