Uma rede de supermercado no Canadá, o Loblaws, começou a cobrar desde o dia 12 de janeiro, U$0,05 por cada sacola plástica. Isso ocorreu porque em dezembro de 2008, a cidade de Toronto aprovou uma decisão controversa de taxar os consumidores com esse valor por cada sacola utilizada. Com a finalidade é limpar o meio ambiente, a cobrança entrará em vigor dia 1º de junho de 2009. O Brasil também está nessa guerra. Tramita na Assembléia Legislativa de Mato Grosso, um projeto de lei voltado à conscientização e preservação do meio ambiente. A proposta, de autoria do deputado João Malheiros (PR), proíbe a oferta de sacolas plásticas destinadas a embalagens de produtos nos estabelecimentos comerciais do Estado. Além da proibição, o projeto prevê o controle do preço e a espessura das embalagens. Elas só poderão ser adquiridas com valor igual ou superior a R$0,10 (dez centavos), com medida igual ou superior a 0,5 milímetros. As embalagens fabricadas com materiais ambientalmente corretos, como as confeccionadas com papel, tecidos e plásticos oxi-biodegradáveis, não serão proibidas. Do valor arrecadado com a venda das embalagens, 50 % deverão ser depositado no Fundo Estadual de Meio Ambiente - FEMAM. As sacolas plásticas foram inventadas em 1862 como uma revolução para o comércio por sua praticidade e preço. Apesar de antiga, o seu uso explodiu no Brasil a partir da década de 80, contribuindo para a filosofia do “tudo descartável”. Elas são um dos grandes vilões do meio ambiente e apenas agora a sociedade vem se dando conta disso. Pesquisas apontam que no Brasil aproximadamente 9,7% de todo o lixo é composto por sacolas plásticas. O “saquinho plástico” é um derivado do petróleo, substância não renovável, feita de uma resina chamada polietileno de baixa densidade (PEBD) e sua degradação no ambiente pode levar séculos – a quarta geração de um usuário desse produto pode no futuro se deparar com uma embalagem jogada fora hoje. Além disso, a produção do plástico é ambientalmente nociva. Para produzir uma tonelada do material são necessários 1.140 kw/hora (esta energia daria para manter aproximadamente 7600 residências iluminadas com lâmpadas econômicas por 1 hora), sem contar a água utilizada no processo e os dejetos resultantes. Menos de 1% dos sacos plásticos são reciclados. É mais caro reciclar um saco do que produzir um novo. Informações fornecidas pela Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos revelam que são consumidos anualmente de 500 bilhões e um trilhão de sacos plásticos ao redor do mundo. (National Geographic 02/09/2003). Países como Bangladesh; China; Irlanda Ruanda; Israel; Canadá; Índia, Botswana, Quênia, Tanzânia, África do Sul, Taiwan e Singapura já proibiram ou estão prestes a proibir o uso dos sacos plásticos gratuito. (Fonte: Brasil News)
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