Um relatório prestes a ser divulgado pelo Pnuma (Programa da ONU para o Meio Ambiente) aponta que 17% da Floresta Amazônica foram destruídos em um período de cinco anos, entre 2000 e 2005. A informação foi noticiada pelo jornal francês "Le Monde”, na quinta-feira (29/01) e foi confirmada à "BBC Brasil" pelo Pnuma. Segundo o jornal, durante este período, foram queimados ou destruídos 857 mil km² de árvores, o equivalente ao território da Venezuela. A maior parte do desmatamento ocorreu no Brasil, porém os outros sete países que também abrigam a floresta estão sendo responsabilizados pelo Pnuma, com exceção da Venezuela e do Peru. "A progressão das frentes pioneiras na Amazônia e as transformações que elas introduziram são tantas que o movimento de ocupação dessa última fronteira do planeta parece irreversível", disse o órgão da ONU ao "Le Monde". Além do desmatamento, a grande corrida pela apropriação das gigantescas reservas de terra e das matérias-primas da região também tem um papel importante na deterioração da Amazônia, segundo o jornal. "O modelo de produção dominante não leva em conta critério algum de desenvolvimento sustentável, conduz à fragmentação dos ecossistemas e à erosão da biodiversidade", afirmou o Pnuma. A entidade também condenou a situação das populações que habitam a floresta, informando que as mesmas vivem uma situação de grande pobreza. "A riqueza retirada da exploração dos recursos naturais não é reinvestida na região", disse. O Pnuma prevê que o relatório final, com mais dados ainda sigilosos, seja divulgado durante o encontro anual de seu conselho administrativo, marcado entre 16 e 20 de fevereiro em Nairóbi, no Quênia. (Fonte: Folha Online)
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