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Aquecimento provocará crise alimentar, diz estudo

13/01/2009

Metade da população mundial pode sofrer com a falta de comida até 2100, caso nada seja feito para adaptar a Terra ao aquecimento global, segundo alerta publicado em estudo na revista "Science". De acordo com o artigo, no final deste século, há probabilidade de mais de 90% das regiões tropicais e subtropicais conviverem com temperaturas mais altas do que os recordes de calor do século 20, afetando as plantações e comprometendo a produção de alimentos. Nos trópicos, as temperaturas mais elevadas poderão comprometer de 20% a 40% a produção das principais culturas, como milho e arroz. Cada 1ºC a mais na temperatura pode significar uma redução média de produtividade agrícola entre 2,5% e 16%. Segundo o principal autor do estudo, David Battisti, da Universidade de Washington, a temperatura vai causar uma pressão enorme para a produção de alimentos e a pesquisa nem leva em conta, por exemplo, os problemas de abastecimento de água que serão provocados pelo aquecimento. No ano passado, pesquisadores da Embrapa (Empresa Brasileira de Agropecuária) e da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) apresentaram um estudo sobre os reflexos da mudança climática para a agricultura brasileira. Segundo a pesquisa, o maior prejuízo ocorrerá nas plantações de soja. A área adequada ao grão diminuirá 34% até 2050 e a soja deve sumir, por exemplo, de grande parte do Rio Grande do Sul. O aquecimento global também vai reduzir as áreas para lavouras de café (queda de 17% na área de potencial cultivo), de girassol (-16%), de milho (-15%), de algodão (-16%), de arroz (-12%) e de feijão (-10%). Por outro lado, só a cana será beneficiada neste cenário. (Fonte: Folha Online)

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