Cada vez mais as famílias tomam atitudes ecologicamente corretas no seu dia-a-dia. Para que o Brasil continue sendo habitável nas próximas gerações, será preciso abandonar valores externos, ou seja, aqueles que servem a outras nações, mas não ao Brasil. Exemplo disso é o padrão de consumo aprendido há décadas com os EUA. Resultado dessa dependência cultural são os modos de vida que o país adquiriu, tornando-o incapaz de se sustentar sem depredar os próprios recursos. Maurício Waldman, sociólogo e antropólogo, analisa que no Brasil o consumo está relacionado ao status, fazendo com que o sujeito se identifique com a classe média. É uma noção de bastardia, pois carregam um complexo de povo colonizado que se arrasta desde os tempos da Metrópole portuguesa. “Preservar a natureza não é ser “ecochato”. Simplesmente devemos ter em mente que não há planeta para criar tanto boi, não há espaço para descartar tanto lixo, tornando-se necessário rever os padrões de consumo. Não basta apenas se engajar em movimentos a favor dos golfinhos”, afirma Wadman, dizendo ainda que o Brasil responde por 6,89% do lixo domiciliar mundial, quase o dobro do aceitável. O Brasil tem ainda um agravante cultural por acreditar numa falsa idéia de fartura, como se nada fosse terminar e que não basta fechar a torneira para economizar água. É preciso escolher alimentos que consumam pouca água na sua fabricação, citando como exemplo a carne vermelha, a qual consome 100 litros de água em seu processo. A diretora técnica do Programa USP Recicla também enfatiza a importância de se trabalhar os costumes, principalmente aqueles relacionados às novas gerações. É preciso conscientizar a população da responsabilidade de se estender os cuidados desde a compra até o descarte de seus resíduos. (Fonte: Jornal da Cidade 21/09/2008)
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